“ O MODELO DOS MODELOS”
Italo Calvino por Ciléia Honorato
Em muitos momentos de nossa existência buscamos
construir padrões do que julgamos correto, aceitável, belo... Buscamos padrões
para tudo, o que se encaixa no modelo nos quais criamos se torna perfeito e o
que não é descartável, desvalorizado no primeiro olhar. Estereótipos, encaixes,
modelos caixas, julgamentos, padrões, enfim, escravizado por paradigmas que nem
ao menos questionamos, ou tentamos fugir desta enxurrada de regras, regras ,regras...
perdidas na memória mas presentes nas ações.
O padrão é que
não existe padrão, a regra é que não existe regras. Pessoas são pessoas e o referencial
de humanidade que nos faz jus de sermos denominados humanos é a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro. Se assim fizermos saberemos que o padrão não existe,
cada um é padrão para sua própria
existência. A linha tênue que nos põe no mesmo barco é que somos
pessoas e só isso.
Entrar neste mundo das diferenças é quebrar o modelo
de mente e de pessoa. É considerar a diferenças é vivenciar as deficiências como
traços de personalidade que nos define e nos compõe. É aceitar a realidade e
esquecer-se de tudo que aprendemos no que se refere a pessoa. É recomeçar
refletindo sobre nossa própria existência que é diversa.