quinta-feira, 17 de julho de 2014

“ O MODELO DOS MODELOS”
                                                             Italo Calvino por Ciléia Honorato

Em muitos momentos de nossa existência buscamos construir padrões do que julgamos correto, aceitável, belo... Buscamos padrões para tudo, o que se encaixa no modelo nos quais criamos se torna perfeito e o que não é descartável, desvalorizado no primeiro olhar. Estereótipos, encaixes, modelos caixas, julgamentos, padrões, enfim, escravizado por paradigmas que nem ao menos questionamos, ou tentamos fugir desta enxurrada de regras, regras ,regras... perdidas na memória mas presentes nas ações.
 O padrão é que não existe padrão, a regra é que não existe regras. Pessoas são pessoas e o referencial de humanidade que nos faz jus de sermos denominados humanos é a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro. Se assim fizermos saberemos que o padrão não existe, cada um é padrão para sua própria  existência. A linha tênue que nos põe no mesmo barco é que somos pessoas  e só isso.
Entrar neste mundo das diferenças é quebrar o modelo de mente e de pessoa. É considerar a diferenças é vivenciar as deficiências como traços de personalidade que nos define e nos compõe. É aceitar a realidade e esquecer-se de tudo que aprendemos no que se refere a pessoa. É recomeçar refletindo sobre nossa própria existência que é diversa.